Descontentes com nova tabela do Governo, policiais fazem nova vigília no Centro Cívico

A nova tabela de aumento salarial para policiais civis e militares não agradou parte da categoria. Prova disso aconteceu na noite desta terça-feira (28). Uma nova vigília foi realizada como forma de protesto em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico.

O movimento, contudo, parece perder força, já que apenas cerca de 50 profissionais da segurança pública marcaram presença no encontro.

Na sexta-feira (24), a Secretaria de Estado da Administração e Previdência apresentou aos dirigentes das entidades novas tabelas de vencimentos para regulamentar a Emenda Constitucional 29, com a implantação da remuneração por subsídio. "Nossa proposta é um desdobramento da posição apresentada na semana passada e traz avanços significativos, além de valorizar o desenvolvimento da carreira”, afirma o secretário de administração Luiz Eduardo Sebastiani.

Mas, segundo o cabo Carlos Lima, que integra a ASCEPOL (Associação da Classe Policial do Paraná), a proposta do governo não atende aos pedidos dos policiais. "O mínimo que pedíamos era a reposição de 50% das perdas salariais. Agora, aceitar, até podemos, mas estamos descontentes e vamos continuar negociando com o governo", afirmou.

Governo

Segundo Sebastiani, o governo trabalhou nos últimos dias em diversas simulações de tabelas, aproveitando as sugestões de remuneração propostas pelas entidades de classe. “Formatamos uma tabela dinâmica, por meio da qual todos os policiais conseguem enxergar sua posição neste momento e suas perspectivas de desenvolvimento na carreira ao longo do tempo”, afirmou o secretário.

As novas propostas de tabela salarial trazem um novo conceito, que fixa o valor do subsídio para cada categoria e preserva a expectativa de ganhos salariais ao longo do tempo na carreira. “Estamos chegando a um acordo que respeita as condições e os limites orçamentários e de responsabilidade fiscal do Estado e, ao mesmo tempo, atende as reivindicações dos policiais”, disse Sebastiani.

Polícia Científica

Ontem, em assembleia, os servidores da Polícia Científica aceitaram os valores de reajuste salarial propostos pelo governo na manhã desta terça, mas desejam esclarecer e negociar alguns pontos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), Ciro Pimenta, a nova tabela apresentada pelo governo trouxe valores que foram considerados "razoáveis" pela categoria. "Além de melhorarem a proposta anterior, eles apresentaram uma estrutura que também leva em conta o tempo de serviço de cada um", explica Pimenta.

O presidente explica que é difícil falar em valores, pois haverá diferenças de reajustes dependendo do tempo de trabalho de cada profissional.

Mas Pimenta adiantou que o salário para um perito em carreira inicial deve ficar em torno de R$ 7 mil reais. No total, 270 peritos oficiais prestam serviços para o estado. Apesar de satisfeitos com as negociações, os profissionais mantém o indicativo de greve.

Fonte: Banda B