Depois de protestos, trabalhadores obtêm garantia de receber salários atrasados até amanhã

A terça-feira foi agitada em Curitiba por conta dos protestos de motoristas e cobradores. Trabalhadores da São José Filial, CCD, Tamandaré Matriz e Tamandaré Filial protestaram contra atraso nos pagamentos de salários de dezembro, que deveriam estar na conta desde o quinto dia útil de janeiro, mas até agora, nada. Foi só depois que o caldo engrossou que as empresas começaram a se coçar e agilizaram o pagamento da turma.

Na CCD, trabalhadores protestaram desde o início da madrugada até que, no final da manhã, empresa apresentou proposta de pagar 80% do salário atrasado hoje e mais 20% amanhã. Por volta das 11h30, a proposta foi aprovada e o movimento, encerrado.

Na São José Filial, a mobilização iniciada às 3h da manhã só foi encerrada às 16h, depois que a viação se comprometeu a pagar 35% dos salários hoje e mais 25%, que somados aos 40% que já estavam pagos, fecham a fatura.

Antes dos protestos, não havia previsão alguma de pagamento – apenas rumores de que “poderiam” sair no início da próxima semana, mas sem garantia alguma.

Viações Tamandaré Matriz e Filial

Já nas viações Tamandaré e Tamandaré, que também deram calote no salário de dezembro dos trabalhadores, os motoristas e cobradores aprovaram indicativo de greve de 72 horas, que vence às 4h da manhã da próxima sexta-feira. Se até lá as empresas não pagarem os salários atrasados, trabalhadores vão deflagrar greve por tempo indeterminado.

Sindimoc solicita audiência com novo Rafael Greca

Considerando a gravidade do problema e o fato de que já ocorre há quatro anos, o Sindimoc protocolou hoje um pedido de audiência com o prefeito Rafael Greca, visando tratar dessa questão e de outras referentes ao transporte coletivo. “Queremos que os trabalhadores, os usuários e o transporte coletivo como um todo sejam tratados com a prioridade, a importância e o respeito que merecem. É inadmissível termos um sistema que, entra ano e sai ano, continua não pagando os salários em dia”, afirma o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.