Importância do papel social dos sindicatos é resgatada em momentos de crise

Entidades têm contribuído para o combate ao coronavírus e ao debate sobre a crise e seus impactos sociais e financeiros 

Desde que foram instaurados, os sindicatos têm um grande papel na história dos direitos dos trabalhadores. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, 13º salário, férias remuneradas, licença maternidade, salário mínimo, descanso semanal remunerado e seguro-desemprego, todas essas são conquistas que tiveram importante atuação dos sindicatos e que beneficiam a todos, filiados ou não. Mas a luta dos sindicatos não é apenas pelos direitos dos trabalhadores. As entidades também trabalham em benefício daqueles que mais precisam.

Durante a crise que estamos enfrentando por causa do coronavírus, a Força Sindical, nossa Central, está incentivando para que todas as entidades filiadas possam ceder suas sedes para servirem como possíveis postos de atendimento e montagem de leitos, caso sejam solicitadas no combate à doença, sendo que o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) já ofereceu suas sedes em Curitiba e Região Metropolitana, além de incentivar a participação da população a enviarem fotos, vídeos e denúncias sobre possíveis irregularidades no combate à doença. 

Para o presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka, esse é o momento de união em prol da solidariedade. “Nós fomos o primeiro sindicato da Força a cedermos nossas estruturas para virarem leitos ou atendimentos para o poder público. Isso repercutiu em todo o país com vários sindicatos tomando essa iniciativa. Mas não é só isso. Também estamos cobrando o governo para a proteção dos trabalhadores”, afirma Butka. 

Desde o início da pandemia, o Sindimoc tem realizado diversas ações visando o combate ao coronavírus. Fomos a primeira instituição a disponibilizar a vacina contra a gripe, por exemplo, antes do início oficial do calendário de imunização e estamos em constante contato com a Urbs, a Comec e as empresas de ônibus visando o bem-estar dos trabalhadores, pedindo a parada completa do sistema de transporte coletiva na cidade, o que beneficiaria não só os motoristas e cobradores como também toda a população, reduzindo os índices de contágio.

Porém, com menos circulação de pessoas as frotas de coletivo foram apenas reduzidas e, como resultado, vários motoristas e cobradores acabaram recebendo apenas metade dos salários, sob a alegação de que não havia dinheiro para realizar os pagamentos integrais justamente pela diminuição da demanda. Para o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, este é mais um momento de luta contra cortes nos direitos da classe. “O Sindimoc não vai deixar os trabalhadores à mercê dessa situação. Este sindicato sempre lutou e continuará lutando para o bem-estar dos trabalhadores, compromisso que assumimos em nossa gestão e que vamos cumprir enquanto estivermos aqui”, ressalta Anderson. 

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