Estresse no transporte coletivo, assunto que volta à tona

A cada vez que acontece algum fato no transporte coletivo na capital paranaense, envolvendo a conduta de algum motorista de ônibus, o assunto do estresse nos profissionais volta à tona através da imprensa local. Recentemente foi o caso do biarticulado que atropelou alguns cães em um terminal em Curitiba, agora o assunto é o motorista que teria deixado uma criança em uma estação-tubo.

O SINDIMOC, através de seu presidente, Anderson Teixeira, afirma que situações como estas deverão ser investigadas, apurando as reais circunstâncias dos fatos e possíveis responsáveis. “Não podemos sair por aí julgando os trabalhadores por fatos isolados, sem antes eles serem ouvidos e terem o direito à ampla defesa. Temos que considerar que nenhum profissional iria de vontade própria agir de forma que o comprometesse”, disse.

O estresse é um fator determinante para justificar alguns fatos acontecidos com os profissionais do transporte coletivo e somado com as condições insalubres de trabalho, horários reduzidos que devem ser cumpridos a todo custo, desvalorização das funções entre outros, deixam transparecer a exaustão de uma categoria sofrida. O SINDIMOC tem buscado através do Ministério do Trabalho solucionar este problema, fazendo denúncias sobre as más condições de trabalho dos motoristas e cobradores. “Monitoramos diariamente as condições de trabalho dos profissionais e vemos que o estresse tem aumentando significativamente entre eles, principalmente aos motoristas, devido ao trânsito caótico e o cumprimento forçado dos horários nas linhas. Hoje 2% dos quase 12 mil motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana, estão afastados por conta do estresse em suas atividades profissionais”, concluiu Anderson Teixeira.