Cobradora é destaque na coluna "Mulher" do jornalTribuna do Paraná

Hoje em dia, já não dá mais para falar que existem profissões essencialmente masculinas. Há cargos que podem ser mais desempenhados por homens, mas sempre vai ter uma mulher no meio da equipe. Independente de o trabalho depender da força ou requerer liderança, elas estão lá.

Preconceito existe ainda sim. Muitas mulheres que optam por entrar em um mercado de trabalho mais masculino enfrentam preconceito até mesmo dentro de casa. Mas por que uma mulher quer trabalhar na construção civil, por exemplo? Além de hoje ser uma das áreas com mais oportunidades de empregos e avanços salariais, a mulher pode sim encontrar a satisfação profissional dentro de uma obra.

Tornou-se cada vez mais comum encontrar mulheres em profissões restritas aos homens até pouco tempo atrás. Nesta edição, o TDelas mostra histórias de algumas delas. Elas foram atrás do que queriam e venceram em suas profissões, mesmo em um mundo masculino.

Pelas ruas de Curitiba

Quatro horas e meia atrás de um volante. Assim é a rotina da motorista de ônibus Tânia Mara Miara, que desempenha esta função há cerca de oito meses. Viu a condução como uma oportunidade para crescer e ganhar mais. “Fui cobradora por seis anos. Quando tirei a carteira de motorista, veio a oportunidade de passar pela capacitação dentro da empresa para o transporte de passageiros. A família apoiou e eu sempre gostei de dirigir. Então, aceitei o desafio”, afirma.

Apesar da quantidade de horas dirigindo, Tânia garante que cada viagem pelas ruas de Curitiba é diferente. Além da linha Ahú-Los Angeles, ela já dirigiu na linha Água Verde-Abranches e ainda conduziu um Ligeirinho. “Dirigir um microônibus e em seguida pegar um Ligeirinho dá diferença, mas logo acostuma”, garante.

Conduzir um ônibus pela cidade é um grande motivo de satisfação para Tânia, que, mesmo em pouco tempo de profissão, se sente realizada. Mas, infelizmente, aparecem aqueles passageiros que aproveitam para fazer brincadeirinhas de mau gosto. “Teve uma vez, quando dirigia o Ligeirinho, que um passageiro me perguntou se eu tinha tamanho para dirigir um ônibus como aquele. Outro perguntou se eu tinha carteira para dirigir. Mas a gente acaba levando na brincadeira porque não vale a pena discutir”, comenta. A meta de Tânia é dirigir um ônibus biarticulado. Para isto, vai precisar passar por outro curso de capacitação:

Matéria produzida pelo Jornal Tribuna do Paraná e ParanaOnline