Manifestantes passam a noite acampados na Câmara e dizem que só saem se tarifa baixar

Os manifestantes do Movimento Frente de Luta pelo Transporte já ocupam a Câmara Municipal de Curitiba, no centro da cidade, há 13 horas. Eles participaram da sessão pública da CPI do Transporte Coletivo tarde desta terça-feira (15) e, logo após, decidiram ocupar a Câmara. o grupo exige que os contratos licitatórios sejam anulados. Ontem, no final da tarde, o presidente do Legislativo, Paulo Salamuni (PV), autorizou a permanência pacífica dos manifestantes por 24 horas.

“A gente quer a anulação imediata dos contratos irregulares entre a Prefeitura de Curitiba e os empresários apontados pelo Tribunal de Contas. A passagem pode ser a R$ 2,25 e o movimento está reivindicando que se cumpra aquilo que faz parte de dentro do estado. Eles têm condições para fazer isso. Estamos aqui para pressioná-los”, explicou Gabriel Cariconde, que faz parte do Movimento.

De acordo com os manifestantes a ocupação deve ser de 24 horas, mas caso, nesse período, não haja negociações, o Movimento promete aumentar a adesão. “Chega de contar ladainha e vamos abrir uma negociação concreta para resolver um problema histórico do transporte público de Curitiba”, finalizou Cariconde.

Enquanto ocupantes armavam barracas dentro e fora da Câmara, outra manifestação com aproximadamente 60 pessoas acontecia na Boca Maldita e na Rua XV de Novembro. Os manifestantes estavam com cartazes e percorriam o centro da cidade aos gritos de “essa casa é do povo”, “ocupa Curitiba” e “ocupar e resistir”.

Recentemente a CPI do Transporte e o Tribunal de Contas divulgaram relatórios que afirmavam que a tarifa do transporte de Curitiba poderia baixar para até R2,25, o que motivou uma série de protestos.

De acordo com o Movimento, dois sindicatos estão auxiliando os ocupantes com comida e água: Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos da UFPR (Sinditest) e do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).

Reivindicações

Entre as principais reivindicações feitas pelos manifestantes durante a audiência está a redução da tarifa para R$2,25, como foi sugerido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e R$1,00 aos domingos. Também querem um projeto de lei para aplicação do passe livre para estudantes e desempregados e o fim dos contratos com empresas atuantes na capital e administração pública sobre o transporte coletivo. No dia 26 de outubro, dia nacional pelo passe livre, os participantes da Frente de Luta Pelo Transporte Coletivo anunciaram uma manifestação na sede da prefeitura de Curitiba.

Fonte da notícia: Banda B