Sem certeza de pagamento de reajuste, sindicato vai ao TRT e já planeja até nova greve de ônibus

A incerteza no pagamento do reajuste de 9,58% no salário de motoristas e cobradores de ônibus continua e pode levar a categoria para novas mobilizações e até mesmo uma nova greve, menos de 40 dias após a última paralisação. Em entrevista à Banda B nesta quinta-feira (3), o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e região (Sindimoc), Anderson Teixeira, disse que o sindicato patronal anunciou para a imprensa que faria o pagamento integral do novo salário, mas nada foi oficializado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A ameaça de não pagamento do reajuste parti no último dia 1°, após URBS (Urbanização de Curitiba) e Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) não teriam informado o sindicato das empresas sobre o novo valor da tarifa técnica. Após o comunicado, tudo parecia certo, mas a não oficialização provoca a dúvida do Sindimoc.“Não podemos permitir que a suposta falta de dinheiro prejudique o trabalhador. Dois meses após a nossa data base ainda não recebemos o que foi acordado no TRT. Amanhã vamos ao tribunal buscar apenas os nossos direitos e, se não chegarmos a um acordo, vamos ver o que a categoria decide”, disse.

“Não queremos que o comunicado da Setransp (sindicato das empresas) fique apenas no discurso. É muito difícil acreditar na palavra de pessoas que fazem um acordo na justiça e depois dizem que não vão cumprir. Amanhã devemos ter uma nova reunião no TRT para ver se chegamos a acordo”, concluiu.

A audiência está marcada para as 14 horas. Se empresas e trabalhadores não chegarem em acordo, uma assembleia deve ser convocada para decidir os próximos passos. Paralisação geral ou até mesmo operação catraca livre não estão descartadas.

Fonte: Banda B