A VERDADE SOBRE A DÍVIDA DO SINDIMOC

Em resposta a mentiras forjadas nos últimos dias, o Sindimoc informa que:

1)      A Gestão 2010-2014 assumiu o Sindimoc em 11 de novembro de 2010 com um rombo de R$ 802 mil, sendo R$ 49 mil em saldo negativo na conta bancária, R$ 350 mil em pagamentos a serem realizados 19 dias após a posse (folha de pagamentos de funcionários) e R$ 403 mil em pagamentos a clínicas e laboratórios do sistema de saúde do Sindimoc (que atende 12 mil trabalhadores), a serem pagos 20 dias após a posse. 

2)      Entre a data da derrota nas urnas (30/09/2010) e a data da posse da nova diretoria (11/11/2010), a antiga diretoria* retirou todos os recursos do caixa, entre os quais estavam o provisionamento para pagamento de contas a vencer, compondo uma espécie de “armadilha financeira”.

3)      A antiga diretoria (atual “oposição”) era capitaneada por Valdenir Dias e Denilson Pires, que, depois de terem fundado e comandado o Sindimoc por mais de 20 anos, foram presos juntamente com mais seis membros da antiga gestão por operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a qual apontou desvios de R$ 8,5 milhões dos cofres da entidade. Hoje respondem por ação criminal na 9ª Vara Criminal de Curitiba ( Autos 2011.0001201-0 ). NATURALMENTE, O ROMBO DE MAIS DE R$ 8 MILHÕES DEIXADO PELOS GESTORES DO SINDIMOC ATÉ 2010 TEM EFEITOS NEGATIVOS ATÉ HOJE NA SAÚDE FINANCEIRA DA ENTIDADE.

4)      Sarcasticamente, poucos dias antes de saírem da entidade, os antigos diretores também realizaram dezenas de compras com cheques pré-datados, com data de compensação para o dia 15 de novembro de 2010, quatro dias após a posse da nova diretoria. No total, esses “cheques-bomba” passaram de R$ 100 mil.

5)      Essas não são, porém, a única origem da atual dívida do Sindimoc. A entidade também vem sendo prejudicada, desde 2012, com a apropriação indébita de repasses por parte das empresas, em represália ao sindicalismo mais combativo empregado desde 2011, algo até então desconhecido dos empresários locais curitibanos. Atrasando os repasses, as empresas chegaram a dever um montante de aproximadamente R$ 2 milhões tabulados em fevereiro deste ano. Nesse ano, não suportando mais a situação deficitária, o Sindimoc chegou ao cúmulo de acionar os empresários judicialmente na esfera criminal, por apropriação indébita. Diversos veículos da grande imprensa, como a Gazeta do Povo, noticiaram essa apropriação indébita e seus efeitos contra os trabalhadores ( http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/doze-mil-motoristas-e-cobradores-ficam-sem-assistencia-medica-ej7gu2y7diknfkb1qgg8q93da )

6)      Com essa represália de cunho político, recursos que deveriam ter entrado no Sindimoc nunca foram repassados integralmente e em dia ao Sindicato. As empresas passam os recursos, reiteradamente, com atrasos que variam de um mês a um ano, enquanto o Sindimoc, a muito custo, honra com os salários de funcionários e o pagamento e fornecedores em dia (especialmente aqueles do Sistema de Saúde), gerando-se aí, naturalmente, um déficit. A única forma da entidade se manter ativa nessas ocasiões é recorrendo a crédito no mercado, que possui onerosas taxas de juros.

7)      O Sindimoc também tem sofrido o prejuízo de ações trabalhistas de ex-diretores, das gestões anteriores a 2010, aqueles mesmos que respondem na esfera criminal pelo desvio de R$ 8,5 milhões da entidade. Algumas dessas ações na Justiça do Trabalho já causaram prejuízos à entidade da ordem de R$ 80 mil cada.

8)      Também não podemos deixar de destacar que o desvio de recursos das gestões anteriores a 2010, que segundo o Gaeco, passam de R$ 8 milhões. Esse montante naturalmente afeta a saúde financeira do nosso Sindicato. Por conta disso, os trabalhadores aguardam ansiosamente o processo correr na Justiça, com a esperança de que logo os acusados façam os devidos ressarcimentos aos cofres do Sindimoc.

 

Um apelo às pessoas de bem

Em respeito à memória do antigo diretor do Sindimoc, Zico Teixeira, que, após questionar as formas de trabalho da antiga presidência e dos demais diretores, foi assassinado em um “assalto” até hoje inexplicado, rogamos que se avaliem com rigor os materiais disponibilizados pela “oposição” que busca atuar contra o Sindimoc a partir de edições descontextualizadas de vídeos e demais documentos. O trabalho de uma diretoria séria e comprometida com os trabalhadores jamais poderá ser maculado pela tentativa vã e desesperada de algumas poucas pessoas, que tentam compensar a grande derrota imposta pelas urnas nas últimas eleições, no ano passado, nas quais as três chapas de oposição obtiveram apenas 6%, 4% e 5% dos votos, contra os 85% da atual gestão. Temos muitos embates e grandes interesses externos a enfrentar em nossa luta pelos trabalhadores, que é árdua e diária, e lamentamos que ainda haja meia dúzia de pessoas que jogam no “time do contra”, acreditando que plantando o mal podem colher o bem, e que a partir da mentira podem construir algo de positivo.

 

A luta continua! Vamos em frente!